Com uma abordagem crítica e sensível, a criadora reforça que a moda pode — e deve — ser um instrumento de transformação.
“Podemos provocar discussões urgentes por meio das coleções. Falar de Chico Mendes, hoje, é repudiar o Projeto de Lei da devastação e clamar por justiça social. Somos o país que mais mata ativistas ambientais. A morte de Chico Mendes nos deixa um alerta: as pessoas que protegem as florestas também precisam de proteção”, afirma Day Molina.

Criada por Dayana Molina, a marca NALIMO carrega em sua essência a força de uma moda autoral, fundamentada na ancestralidade e no pensamento contemporâneo. Indígena, intelectual, artivista e estilista, Day é descendente dos povos Aymara e Fulni-ô, e tornou-se um dos maiores expoentes da representatividade indígena na moda brasileira.

Com um trabalho reconhecido por sua firmeza estética e coerência política, Day Molina foi a primeira mulher no Brasil a pautar a representatividade indígena no cenário da moda de forma estruturada. Em 2018, iniciou um mapeamento pioneiro de criativos indígenas no setor e promoveu, de forma independente, o primeiro casting de modelos indígenas em território nacional.
Desde então, a marca NALIMO tem reunido modelos de diferentes regiões e etnias do Brasil, proporcionando visibilidade, reconhecimento e transformações reais no mercado. Com esse posicionamento, tornou-se a primeira marca indígena do Brasil a assumir uma atuação ativista consistente, desafiando padrões estabelecidos e construindo novos espaços de fala, estética e representatividade.

Com a nova coleção, Day Molina não apenas homenageia uma das maiores lideranças socioambientais da história, como também reafirma que a moda pode ser uma plataforma de denúncia, resistência e consciência coletiva.
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