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Mônica Anjos eleva ancestralidade e espiritualidade em desfile na Casa de Criadores 56

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A estilista Mônica Anjos apresentou sua coleção “Odé Kaiodè”, uma homenagem imersiva ao orixá Oxóssi, figura central da cultura afro-brasileira, símbolo da caça, das matas e da sabedoria  .

Uma coleção com forte significado simbólico

A coleção “Odé Kaiodè” transformou a passarela em um espaço ritualístico, mesclando religiosidade, ancestralidade e alfaiataria contemporânea. Elementos como arcos, flechas e estampas inspiradas em caçadores evocaram Oxóssi com reverência e estética apurada  .

A colaboração com o artista e professor Agamenon de Abreu reforça o caráter espiritual do desfile, conferindo às peças uma presença identitária potente. A produção contou com técnicas artesanais como tricô, palha, bordados manuais e tecidos fluídos em linho cru, criando uma narrativa visual que dialoga com os símbolos do candomblé e com a cultura popular  .

Representatividade e ativismo estético

Com um casting majoritariamente composto por modelos negros, Mônica Anjos reforçou a urgência de representatividade na moda brasileira. Franjas, amarrações orgânicas e adornos inspirados na natureza acentuaram o impacto visual da coleção  .

“Ode Kaiodè” não é apenas um desfile — é uma manifestação política e emocional. Em cada look, a ancestralidade é afirmada, o presente se afirma e o futuro é imaginado a partir de raízes profundas  .

Casa de Criadores: espaço para identidades que transformam

A Casa de Criadores é reconhecida nacionalmente como plataforma para moda autoral, inovação cultural e ativismo estético. Desde sua fundação em 1997, o evento tem promovido debates sobre raça, gênero, sustentabilidade e pertencimento cultural — e neste ano manteve essa tradição em pleno vigor  .

A edição 56 contou com 33 desfiles de marcas autorais, incluindo nomes como FABIA Bercsek, Ken-gá Bitchwear, Ale Brito x Studio 115, NotEqual, Guma Joana e Jacobina — todos trazendo narrativas fortes e site-specific de cada criador  .

Legado de Mônica Anjos nas passarelas autorais

Com “Odé Kaiodè”, Mônica Anjos reafirma seu papel como estilista que transcende tendências: suas criações evocam ancestralidade e espiritualidade com precisão estética. O desfile se insere no circuito de moda como manifesto cultural, visceral, consciente — e estabelece um novo capítulo na busca por simbolismo e representatividade na moda contemporânea brasileira.

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